Fórum Permanente de Cultura de Araguari apresenta carta aos candidatos às eleições 2024

Fórum Permanente de Cultura de Araguari apresenta carta aos candidatos às eleições 2024

Documento registra pleitos para próximo mandato e está disponível para ser respondido no Facebook do coletivo. Integrantes do Fórum Permanente de Cultura de Araguari (MG) se reuniram na semana passada para elaborarem a carta aberta apresentada aos candidatos às eleições municipais 2024. O documento, que está disponível na rede social Facebook do Fórum, tem o

Documento registra pleitos para próximo mandato e está disponível para ser respondido no Facebook do coletivo.

Integrantes do Fórum Permanente de Cultura de Araguari (MG) se reuniram na semana passada para elaborarem a carta aberta apresentada aos candidatos às eleições municipais 2024.
O documento, que está disponível na rede social Facebook do Fórum, tem o objetivo de dialogar com os candidatos, e entender como os candidatos compreendem o papel da cultura no desenvolvimento do município de Araguari.
Além disso, traz uma breve contextualização da cultura no cenário global, nacional e local, apresentando o Fórum e seu posicionamento político, com histórico das conquistas dos últimos anos fomentadas pelo movimento social e militantes do setor cultural, representados por diferentes agentes culturais, coletivos e grupos da cidade.
Por fim, a carta apresenta os pleitos para a próximo mandato e propõe duas questões centrais para serem respondidas pelos candidatos na rede social, sendo elas:

1- Como os candidatos compreendem o papel da cultura no desenvolvimento do município e como isso está refletido em seus planos de governo?
2- Considerando a importância do poder legislativo na preservação e manutenção das conquistas históricas, de que forma seu mandato atuará para garantir a execução do Plano Municipal de Cultura?

Fórum completa 20 anos
Marco Aurélio Querubim, voluntário do Fórum desde sua criação em 2004, contextualiza que o Fórum Permanente de Cultura de Araguari é um movimento da sociedade civil, não-governamental, democrático e popular. “Por meio do debate, informa, analisa e propõe ações para o fomento de Políticas Públicas Municipais de Cultura para Araguari. É importante destacar que o coletivo se posiciona como apartidário para que assim possa garantir a transparência e neutralidade junto ao poder público, independentemente do partido que está no poder”, diz.
Chayene Cotrin, voluntária do Fórum desde 2017, ressalta que o propósito do Fórum é articular e mediar o debate entre artistas, produtores e agentes culturais com o poder público contribuindo com o desenvolvimento da Cultura em Araguari, resguardando as conquistas do Setor Cultural e o direito constitucional de toda a população em ter acesso à cultura. “A trajetória do Fórum demonstra o poder da coletividade quando há diálogo, conhecimento e organização popular. Desde a reativação do Fórum em 2017, tivemos muitas conquistas relacionadas às pautas levantadas pelos agentes culturais e voluntários”, afirma Cotrin.

Confira algumas destas conquistas:
– Reativação do PMIC (Programa Municipal de Incentivo à Cultura);
– Apoio na elaboração e aprovação do Plano Municipal de Cultura e inscrição de Araguari no Sistema Nacional de Cultura;
– Cobrança para composição da equipe técnica da FAEC (Fundação Araguarina de Educação e Cultura);
– Organização de vários encontros e reuniões para promover o diálogo entre o setor cultural e o poder público, incluindo apoio em audiências públicas;
– Mobilização para aprovação da mudança do conselho de cultura que passou de consultivo para deliberativo e normativo;
– Apoio na composição e participação de voluntários no Conselho Curador da FAEC nas últimas duas gestões;
– Realização de debates com os candidatos a prefeito nas eleições de 2020;
– Participação ativa dos voluntários em bancas de avaliação de projetos em período pandêmico;
– Apoio e mobilização para realização da 4º Conferência Municipal de Cultura, realizada em maio de 2023, que teve como pauta central a atualização do Plano Municipal de Cultura e debate sobre políticas públicas;
– Participação na Conferência Estadual e Federal de Cultura em 2024;
– Acompanhamento e cobrança dos pleitos apontados durante as eleições de 2020 (implantação do Plano Municipal de Cultura, repasse da dívida histórica do PMIC e ICMS e convite para o diálogo);

É preciso seguir avançando…
De acordo com a última atualização do presidente da FAEC, Diogo Machado, do total de 142 ações previstas no Plano Municipal de Cultura de Araguari 78% foram realizadas entre os anos de 2021 e 2024, ou seja 110 do total. Com destaques para algumas ações que foram pleitos do Fórum desde 2017 e do setor cultural durante a construção do plano através das audiências públicas e conferência de cultura, como por exemplo:

-Ampliação do orçamento em cultura totalizando R$74,6 milhões em quatro anos, sendo que 26%, ou seja mais de R$22 milhões investidos em Políticas Públicas de incentivo e Fomento à Cultura baseadas na Lei Municipal de Incentivo à Cultura e nas Leis Federais Paulo Gustavo e Aldir Blanc e no Programa Nacional Aldir Blanc, totalizando 18 editais publicados possibilitando a realização de 184 projetos culturais desenvolvidos pela classe artística nesse período;
-Pagamento de 100% da dívida histórica da Prefeitura com o setor cultural referente as gestões anteriores, totalizando R$ 3,6 milhões dos Fundos de Cultura e de Preservação do Patrimônio Cultural;

-Reforma e investimentos nos equipamentos culturais (atualmente 5 equipados e em uso);

-Produção e/ou parcerias para realização de mais de 194 eventos (apresentações, shows, festivais, dentre outros) sendo sua maioria gratuitos para a sociedade promovendo o acesso a toda a população;

-Restauro e manutenção de dez do total de 33 espaços tombados como patrimônio histórico, além da conversão de quatro praças em espaços de memória e referência ao patrimônio;

-Realização da 4º Conferência Municipal de Cultura de Araguari para atualização do Plano Municipal de Cultura;

-Investimento de R$ 1,2 milhão em formação de artistas e coletivos através parcerias com o Sebrae, grupos/empresas locais e apoio a projetos incentivados;

-Mais de 1600 novos artistas em formação e formados por cursos e oficinas desenvolvidos pela Fundação e seus parceiros financiados.

Demandas para gestão 2025/2028
A carta aberta aos candidatos reforça, ainda, a necessidade da continuidade e institucionalização dos avanços, independente de quem irá assumir os cargos de prefeito, vice e vereadores, fazendo valer o artigo 215 da Constituição Federal, que diz: “O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais”.
E formaliza as demandas para os próximos anos na gestão pública da pasta da cultura, a luz o Plano Municipal de Cultura, com destaque para os seguintes pontos:

– Garantir as ações para estruturação, revisão e funcionamento das leis e políticas públicas da cultura;
– Adequação, ampliação, manutenção e programação de equipamentos culturais;
– Alinhamento das políticas públicas com demanda do setor considerando a diversidade cultural e contexto atual;
– Ampliar e diversificar as fontes de recursos da FAEC;
– Apoio e diálogo com os diferentes segmentos da cultura;
– Ampliação das linhas do orçamento para incentivo e fomento à cultura;
– Promover avanços na profissionalização e governança da FAEC;
– Fomentar ações para composição do Conselho de Políticas Públicas da Cultura com o propósito de ser atuante, plural e representativo;
– Aprimoramento da comunicação da FAEC junto a classe artística e sociedade civil.

“Ressaltamos também uma pauta mais ampla muito discutida em todo o país e que vale para o âmbito municipal, apontada no artigo que consolida o relatório do IBGE (2022), e que trata da necessidade de uma abordagem mais inclusiva e estratégias para fortalecer o acesso à cultura, reduzir desigualdades regionais e de gênero, e enfrentar os desafios econômicos decorrentes da pandemia. No cenário atual, após 20 anos de luta do Fórum Permanente de Cultura, é inadmissível acontecer retrocessos. Compete à classe artística se envolver com os espaços representativos como o Fórum e os Conselhos, para assim cobrar a atuação do poder público no cumprimento da lei, para que nenhuma política pública da cultura e da economia criativa cessem seu progresso. E ao poder público cabe cumprir e garantir o acesso à cultura a toda a sociedade”, finaliza Chayene Cotrin.

Link para acesso à carta: http://www.facebook.com/share/p/RwHpn7MttMWRSKW7/

Douglas
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