No Brasil, a primeira cidade a fazer uma transmissão radiofônica foi Recife, em 1919. Porém, a primeira emissora instalada foi no Rio de Janeiro, em 1922. Em 1923, foi fundada a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro.
Em Fevereiro, comemora-se o Dia Mundial do Rádio. Profissional fala sobre relação entre veículo e voz, sonoridades, timbres, técnica e ainda dá dicas de saúde.
A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) reconheceu o dia 13 de fevereiro como o Dia Mundial do Rádio. A data foi escolhida para lembrar a criação da Rádio ONU, em 1946.
No Brasil, a primeira cidade a fazer uma transmissão radiofônica foi Recife, em 1919. Porém, a primeira emissora instalada foi no Rio de Janeiro, em 1922. Em 1923, foi fundada a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, por Roquette Pinto e Henry Morize, que transmitia conteúdos educacionais.
Na década de 30, surgiram as primeiras rádios comerciais, a propaganda política e os programas de auditório com participação popular.Em 1942, surgiu a primeira radionovela brasileira: Em busca da Felicidade. A Rádio Panamericana, de São Paulo, transformou-se em “Emissora de Esportes” e surgiu o radiojornalismo com o “Repórter Esso”, “O Grande Falado Tupi” e “O Matutino Tupi”. Posteriormente, nos anos 60, com a Rádio Excelsior, de São Paulo, inaugurou-se a programação musical e começaram a operar as primeiras rádios FM.
De acordo Daniela Borela, cantora, professora e diretora do CANTE – Centro Artístico e Núcleo Terapêutico, localizado em Uberlândia (MG), independente da época, a relação do Rádio com a voz sempre foi e será essencial, porém ao longo da história têm passado por diversas mudanças.
Borela relembra a época de Ouro do Rádio quando locutores, apresentadores e cantores, precisavam ter timbres de voz específicos. “Antigamente, os cantores tinham que ter vozes grandes, potentes. E dificilmente, uma pessoa que não tivesse a voz aveludada, com timbre mais grave, seria um locutor de Rádio na Época de Ouro”, comenta.
Hoje, essa realidade mudou. Ouve-se todo tipo de voz nas rádios brasileiras. Para a especialista, o perfil do programa, quadro ou mesmo o público-ouvinte é que vai determinar o tipo de voz que melhor se enquadra para o trabalho. “Vejo que a expressão vocal, a clareza na articulação e a técnica, atualmente, são mais importantes do que um timbre ou sonoridade padrão”, considera.
Cuidados com a voz são fundamentais
Cuidados com a voz são indispensáveis para todos, mas para quem trabalha com ela são condições para a preservação da carreira.“Profissionais da voz podem ser comparados aos atletas, os quais, pela demanda física, estão mais sujeitos a lesões do que a população geral. O uso da voz em caráter profissional, sem o necessário preparo, pode sobrecarregar o aparelho fonador e gerar adaptações deficientes que podem causar disfonias, ou seja, distúrbios na emissão vocal, gerando desconforto e perdas na sonoridade e em outros aspectos característicos da voz”, comenta Borela.
Segundo a especialista, os principais sintomas de distúrbios vocais envolvem: rouquidão, fadiga vocal, afonia ou ausência de voz, falhas na voz, esforço ao falar,ardor, pigarro,sensação de corpo estranho na garganta,dor, entre outros.
Muitos destes sintomas podem ser resultados da falta de cuidados com a voz. Veja algumas dicas que Borela dá para quem deseja manter a saúde vocal:
Dormir bem e descansar a voz após períodos intensos de fonação
Hidratação com, no mínimo, dois litros de água por dia
Observar a intensidade da fala e evitar excessos
Evitar uso de cigarro, bebidas alcóolicas e drogas
Fazer exercícios de aquecimento e desaquecimento vocal
Não negligenciar sintomasque indicam algum problema na voz
Sobre o CANTE – Centro Artístico e Núcleo Terapêutico
Com matrículas abertas eproposta de atender profissionais da música e pessoas em geral que querem aproveitar os benefícios da prática artística, o CANTE oferece a todas as idades aulas de Canto, Violão, Teclado, Acordeon e Percussão, atividades extras como oficinas e palestras, encaminhamento para profissionais de saúde, como fonoaudiólogos e otorrinolaringologistas. Conta comdireção de Daniela Borela,formada em Música – Canto, pela Universidade Federal de Uberlândia, e atuante há 15 anos também no Conservatório Estadual de Música Cora Pavan Caparelli.Como cantora, possui ainda carreira-solo e em grupo, diversos discos gravados e agenda de shows pelo Brasil. Acesse: www.facebook.com/cante.arte e www.danielaborela.com.br
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