Novos bairros de Uberlândia nascem com associações de moradores previstas, seguindo tendências do Urbanismo 3.0

Novos bairros de Uberlândia nascem com associações de moradores previstas, seguindo tendências do Urbanismo 3.0

“Manter a segurança ou monitoramento do bairro, incentivar a socialização das pessoas. Esses são os objetivos principais, mas que acabam sendo extrapolados, porque dessa relação acaba surgindo até mesmo um comércio de produtos e serviços entre as pessoas”. É o que conta Ingrid Prates, moradora do bairro Vigilato Pereira, em Uberlândia (MG), a respeito do

“Manter a segurança ou monitoramento do bairro, incentivar a socialização das pessoas. Esses são os objetivos principais, mas que acabam sendo extrapolados, porque dessa relação acaba surgindo até mesmo um comércio de produtos e serviços entre as pessoas”. É o que conta Ingrid Prates, moradora do bairro Vigilato Pereira, em Uberlândia (MG), a respeito do grupo de vizinhança que se formou há alguns anos e se comunica com frequência pelo Whatsapp.
A organização social espontânea trouxe benefícios, como assinala a economista: “Segurança, limpeza e revitalização do bairro também estão entre os nossos interesses. Temos um representante, nos reunimos sempre que há uma proposta nova ou mesmo algum problema para discutirmos e buscamos soluções. Com isso, acabamos fazendo amizade e temos até uma confraternização anual”.
E desse modo, há inúmeros outros casos de destaque pelo Brasil. Jurerê, ou Jurerê Internacional, como é popularmente conhecido, é um deles. Um bairro nobre situado na região Norte de Florianópolis, entre as praias de Canavieiras e do Forte. É um bairro planejado, com vegetação, ruas e casas bem cuidadas e com uma associação dos moradores atuante – a AJIN.
Outro exemplo é Riviera de São Lourenço, cuja Associação de Amigos é a segunda maior empregadora do município, ficando atrás apenas da Prefeitura. Com a associação atuante e unida, até os resíduos vegetais resultantes de podas e da manutenção das áreas verdes recolhidos diariamente, são transformados em composto orgânico e reutilizados na manutenção dos jardins do bairro. Até o óleo de fritura usado pelos ambulantes na praia, comércio e restaurantes é coletado e encaminhado à reciclagem. Toda operação de coleta, triagem e destinação dos resíduos recicláveis também é feita pela Associação dos Amigos da Riviera.
Assim, pelo Brasil espalham-se bairros planejados com associação de moradores atuante. Uma das primeiras que surgiu foi a Barra da Tijuca – RJ (1969), seguido por Jurerê Internacional – SC (1980), Pedra Branca – SC (1999) e vários outros, como Parque Burle Marx – BH (2011).
O bairro Pedra Branca – um bairro que virou cidade – tornou-se o maior exemplo de urbanismo da terceira geração projetado para que as pessoas possam morar, trabalhar, estudar e se divertir num mesmo lugar, tudo bem integrado e preservando o meio ambiente. Mantida pela Associação dos Moradores – AMO PB – as praças e a rua integram as ações da associação dos moradores com o bom uso dos locais públicos, manutenção das áreas verdes e atividades que valorizam o local.
Além de direcionar seus esforços para as áreas de segurança, organização, limpeza e lazer, a AMO Pedra Branca também atua junto aos órgãos públicos, tais como Prefeitura e Polícia, levando as reivindicações e buscando soluções para os problemas do bairro. É mantida pela contribuição dos associados. Seus diretores são moradores do bairro, todos voluntários eleitos em assembleia. E o resultado de tudo isso é um local reconhecido nacionalmente pela qualidade de vida.
“O que há de comum a todos essas associações é que quando há um planejamento desde a concepção do bairro com a associação dos moradores, a força da associação que já é constituída com respaldo em estatutos, volume de associados e até sedes próprias, ganha força nos pleitos de melhoria do bairro.
A integração entre pessoas, com acesso à participação local e com qualidade de vida em espaços públicos, é o que se convencionou chamar de Urbanismo 3.0, em que o principal fator de mudança são as pessoas organizadas de forma a ter uma bairro dinâmico, com eficiência, controle e monitoramento, facilidade de mobilidade e diversidade”, completa Jamile Golfetto – responsável pelo marketing da JRN Empreendimentos, urbanizadora responsável pelos recentes bairros planejados, Praça Alto Umuarama e Quinta Alto Umuarama, que ficam em Uberlândia (MG) e seguem o Urbanismo 3.0.

Valorização imobiliária
Outro fator comum a todos os casos é a valorização da área. Em todos os casos citados acima, a valorização desde o seu lançamento impressionam. A qualidade de vida e infraestrutura se destacam e estimulam a valorização dos imóveis.
”Como os associados são os próprios moradores, todas as atividades visam inibir ações e atitudes que possam desqualificar a região. Em um bairro que possui estrutura bem planejada, com a associação dos moradores atuando ativamente e com boa manutenção das áreas comuns, há consequentemente o ganho da qualidade de vida dos moradores, atraindo comércio, escolas e investidores. A consequência é a valorização dos imóveis, gerando valor para quem vive no bairro”, destaca Golfetto.

Em Uberlândia, novos bairros nascem com associações estruturadas
Dois bairros abertos e planejados, lançados recentemente em Uberlândia (MG), surgem com princípio semelhante de desenvolver associações de moradores que cuidem do espaço comum e prezem pela boa convivência. São eles: Praça Alto Umuarama e Quinta Alto Umuarama, ambos na região leste da cidade.
Segundo Marcela Neves, diretora da JRN Empreendimentos, responsável pelo lançamento dos bairros, a Associação de Moradores do Quinta Alto Umuarama, chamada VIVA, faz parte do conceito do projeto. “Os moradores, ao adquirirem o lote, aderem à associação, o que gera maior envolvimento desde o início do bairro e elimina futuras dificuldades de organização dos moradores. A adoção de áreas verdes e comuns, também prevista no projeto, garante que o bairro se mantenha limpo, bem organizado e com espaços públicos conservados, sempre em caráter suplementar ao público. Assim, a Associação VIVA Quinta Alto Umuarama será formada assim que o bairro for entregue nos próximos meses, tendo sido prevista no contrato de aquisição dos lotes, porque faz parte do conceito que propomos. Temos convicção da importância das associações de moradores na organização da estrutura social e no alcance da tão almejada qualidade de vida”, enfatiza Neves.

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