Reumatologista explica como o sapato influencia na saúde de todo o seu corpo.
Reumatologista explica como o sapato influencia na saúde de todo o seu corpo.
Quem não gosta de se sentir elegante em um belo sapato? Mas, cuidado, porque a vaidade sem precaução pode te render um problemão!
Dr. Carmo de Freitas, reumatologista há mais de quatro décadas em Uberlândia (MG), afirma que o mais saudável é fazer uso de um calçado que acomode bem os pés. “A pessoa jamais pode ter a sensação de que está “carregando” o calçado, como vejo muito acontecer com mulheres que usam as sandálias do tipo “rasteiras”, especialmente, aquelas de tira única no meio dos dedos”, destaca o médico.
Segundo ele, a instabilidade ao andar pode acarretar uma série de problemas que vão dos pés ao pescoço, passando por toda a coluna vertebral.
Sapatos de bico fino também não são indicados para uso prolongado, especialmente, por quem tem joanetes. “Quando os dedos são espremidos pelo formato do sapato, há um agravamento, por exemplo, do joanete. E isso é o mínimo que o sapato vai causar na pessoa. Diversos problemas de coluna são advindos de má postura decorrente de instabilidade na planta dos pés. O tornozelo suporta uma carga de 10 vezes o nosso peso por centímetro quadrado. Se a nossa pisada não for estável, vai desequilibrar a coluna, certamente”, alerta o reumatologista.
O calçado ideal
Para Dr. Carmo, o calçado ideal deve deixar os pés firmes, ser levemente inclinado na parte de trás para não forçar as panturrilhas e não causar cansaço nas pernas, e deve também distribuir bem o peso do corpo, sendo, de preferência, fechado no calcanhar.
Para quem não abre mão do salto alto, o médico indica a moderação com consciência. “Tenha sempre um sapato confortável dentro do carro, por exemplo. Assim, ao terminar aquele compromisso que te exige o salto, você já troca o calçado e poupa sua saúde”, aconselha.
Entre os saltos altos, ele indica os mais grossos com tiras mais largas, que não deixam dedinho saindo para o lado e dão mais estabilidade aos passos.
Outra dica do especialista são as palmilhas de silicone, próprias para sandálias, que dão algum conforto e evitam que o pé fique escorregando. O atrito pode causar bolhas, além de forçar a parte da frente da sola do pé, desenvolvendo calosidades.
A recomendação é também procurar fazer alongamentos antes e depois de usar o salto alto, movimentando bem a musculatura que fica parada. “Movimente também os tornozelos em todas as direções possíveis, fazendo círculos no ar com os pés. Um exercício fácil é apoiar a ponta do pé no degrau da escada e forçar o calcanhar para baixo, permitindo que a musculatura da parte de trás da perna seja bem esticada”, finaliza Dr. Carmo de Freitas.
Mais sobre Dr. Carmo de Freitas
Com quase 50 anos de carreira, Carmo Gonzaga de Freitas foi o primeiro reumatologista da região do Triângulo Mineiro (MG), co-fundador de um dos maiores complexos hospitalares de Uberlândia. Atualmente, representa o Estado e o Brasil em investigações clínicas e laboratoriais, encontros e congressos internacionais, com destaque para sua participação anual na EULAR – Liga Europeia de Reumatologia.
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